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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Que teologia rege a música cristã no Brasil hoje?

Os que responderam essa pergunta na enquete que fiz há pouco tempo, dentre as duas respostas: cristocêntrica ou triunfalista, unanimemente responderam triunfalista. Sabemos que há exceções, mas estas não são tão “consumidas” quanto às triunfalistas.
Isso realmente deve nos preocupar, e nos levar a discutir em nossas comunidades evangélicas locais. É fato que o que mais se canta, é o que mais nos é apresentado pela indústria cultural, e música sem conteúdo cultural e teológico reformado se tem aos montes. Mas temos opções! Podemos e devemos selecionar boas músicas para ouvir e cantar. Mas essa é a questão: critério para selecionar. Sempre vamos ter escolhas, mas precisamos saber escolher.
Músicos reproduzem o que têm o que crêem , interpretam o que se identificam, somos assim em todas as áreas da vida, somos guiados pelos nossos conceitos. Sendo assim, penso que temos problemas sérios nos conceitos bíblicos teológicos tanto em muitos músicos e ministros da música na igreja, quanto no público pluralista religioso (também dentro da igreja), que escolhem por criar e usufruir de canções triunfalistas e antropocêntricas, com mero conteúdo de auto-ajuda.  O que está faltando?
Na oportunidade de estar em várias igrejas de denominações diferentes, como palestrante para ensinar sobre a “O propósito da Música na Igreja”, na maioria delas, o que percebo é a falta de cumplicidade entre pastores e músicos. Mas o púlpito também é dos músicos, e música tal qual pregação doutrina a igreja, pregadores e pastores deveriam pensar nisso. Outra coisa, encontro músicos despreparados, desinformados de cultura e de teologia, e por isso sem critério para selecionar o repertório que conduzirá a igreja em “adoração” (que é um estilo de vida e não simplesmente um momento) através da música.
Resultado: o povo “cristão” vai sendo conduzido por qualquer vento de doutrina, com músicas onde os critérios de seleção são: sucesso (é a música da hora, é o grupo ou cantor do momento, todos estão tocando, menos nós), arranjos instrumentais (solos de guitarra, viradas da bateria...), poder de entretenimento (faz pular, faz chorar, faz dançar...). Mas e o principal critério? O conteúdo bíblico com todas as suas reivindicações (atributos de Deus; doutrinas da criação, salvação, pecado, redenção, vida social...)
Estimulo a todos, a rever seu repertório musical, a avaliar seus critérios de selecionar músicas para cantar ou ouvir. Estimulo a pastores e músicos não só a dividir o púlpito, mas a unissem para o púlpito, pelo Reino e pelo povo.
Essa problemática não se resume ao que comentei, há muito “pano pra manga”. Reconheço que é apenas o começo do que deveria ser um longo diálogo.

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